segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

QUE VENHA 2013!!!

Não podemos esquecer de Drummond...

RECEITA PARA UM ANO NOVO...

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.


Que 2013 seja um ano de renovação e paz.
Beijos no coração,
Regina Karla

domingo, 21 de outubro de 2012

TRABALHO DE CASA

ACOMPANHAMENTO DOS PAIS NO DEVER DE CASA


É de suma importância o acompanhamento dos pais nesse momento da vida dos alunos. A lição de casa faz parte da vida escolar de grande parte dos mesmos, fazendo necessário a presença da família, auxiliando nas dificuldades apresentadas. Em se tratando de lição de casa, uma das coisas mais importantes é saber que a tarefa é  de responsabilidade do aluno, por esse motivo, é preciso ajudar o mesmo a criar uma rotina de estudos, mas, nunca realizar a tarefa no lugar dele.


DICAS:

Dicas para a Escola e para os Professores

1 – Evite que os pais interfiram na lição de casa, como corrigir ou até mesmo fazer por eles. Nesse sentido, oriente para que os mesmos possam dar suporte e orientações necessárias para que o aluno consiga executar sua tarefa, por isso, nunca faça por eles.
2 – Evite culpar as famílias no acompanhamento do aluno sem saber da situação em que vivem. Investigue as condições de vida dessa família e veja o que pode fazer para ajudá-las.
3 – Não culpe um aluno por não ter feito lições que exigem o que o mesmo não tem em casa (internet, computador etc). Disponha aos alunos momentos na escola para pesquisas na biblioteca, sala de informática entre outras, sendo assim, se sentirá mais realizado, dê acompanhamento se o mesmo precisar.
4 – Não reclamar à família toda vez que uma tarefa não é feita, evite a punição dada a cada tarefa não realizada. Diga aos pais que se o aluno ou eles mesmos não conseguiram, pelo menos tentaram. Ninguém consegue fazer o que ainda não sabe, é um processo que leva tempo. Incentive, encoraje.
5 – Evite cobrar dos pais uma ação mais efetiva que os mesmos aprendam. Mesmo que os pais tenham conecimento, a tarefa de ensinar, pertence a escola (professor).

Dicas para Pais

1 – Desenvolva o hábito de observar o caderno de seu filho e se o mesmo trouxe lição para casa.
2 – Na hora da lição, procure desligar som, tv, dvd, etc. A concentração é muito importante.
3 – Proporcione um horário e lugar agradável e confortável (seja qual for).
4 – Acompanhe seu filho nas tarefas, apenas como informante (não faça nada por ele).
5 – Intercale momentos de lazer e descanso. Cada criança tem um tempo limite de concentração. Tenha cuidado com isso. Não  transforme  o momento harmonioso em tenebroso.
6 – Procure recursos para auxiliar a prática da lição ( Dicionário, livros, Internet, etc. )
7 – Desafie seu filho  com alegria, promova um ambiente de alegria.
8 – Tarefa não é castigo, é um momento que faz parte da vida.
9 – Deixe que seu filho traga colegas para fazerem atividades juntos (essa troca de experiência é de grande valia).
10 – Lembre-se: ninguém nasce sabendo e cada criança é singular dentro de suas capacidades  em aprender, não compare seu filho com outros alunos que fazem mais rápido. Nunca o chame de burro ou outro nome que o ridicularize e o humilhe.
11 – Aprender exige paciência. Então… tenha calma.
12 – Procure se seu filho apresenta alguma dificuldade de aprendizado. Pela ajuda e  orientação de profissional específico (comunique a escola).

Dicas para Alunos

01 – A lição de casa é de sua responsabilidade, não as jogue para seus pais.
02 – Por mais chato (que talvez pareça) a lição de casa é um grande reforço e aliado ao seu desenvolvimento escola, procure realizá-la com mais prazer.
03 – Não acumule tarefas. Tem tempo sobrando?  Aproveite e faça o quanto antes possível.
04 – Procure desenvolver o hábito de pesquisar em livros e dicionários.
05 – Procure não fazer cópias nas respostas das lições (a não ser que seja pedido). Use sua criatividade.
06 - Não faça de qualquer jeito, faça o melhor que puderes, no final que sai ganhando, é você mesmo.
07 – A internet pode te ajudar, use-a com sabedoria (plágio… é crime) pesquise, leia, crie seus próprios comentários.
08 – Só peça ajuda aos seus pais (outros) quando realmente precisar.
09 – Procure relaxar no meio das lições. Tá nervoso? faz um lanche. Ande no pátio, escute uma música. Você restabelecerá os ânimos.
10 – Faça o que pode fazer. Não ultrapasse seus limites. Caso não consiga realizar uma tarefa, não se desespere, o importante é que você e sua família tentaram. Converse com seu professor sobre isso e peça mais um tempo.

Fonte: Raimundo Soares de Andrade
RETIRADO DO BLOG:  http://dani-alfabetizacaodivertida.blogspot.com.br/

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

FELIZ DIA DOS MESTRES

PARABÉNS PELO NOSSO DIA!
Trabalhamos com muita persistência, compromisso e competência para transformar este mundo num lugar de justiça, democracia e oportunidades. 

Com dignidade! Com  coragem! Com amor!

Acreditem  que a superação das adversidades encontradas em nosso cotidiano são  degraus a serem construídos para um mundo melhor!
 
E com esperança de que os governantes percebam a nossa força e importância, e passem a RESPEITAR o nosso trabalho!!!

Beijos no coração,
Professora Regina Karla

domingo, 29 de julho de 2012

SUGESTÕES DE ATIVIDADES


Olá amigas!
Classifiquei estas atividades por nível, pois temos turmas muito heterogêneas, onde é mais indicado o trabalho diversificado!
Beijos,
Regina Karla


NÍVEL PRÉ-SILÁBICO:
·        Trabalho intenso com os nomes dos alunos,destacando as letras iniciais atividades variadas com fichas,crachás e alfabeto móvel.
·        Contato com farto e variado material escrito,revistas,jornais,cartazes,livros,jogos,rótulos,embalagens ,textos,músicas,poesias,parlendas entre outros.
·        Avaliação de leitura com e sem imagem-notícias,propagandas,histórias,cartas,bilhetes,etc...
·        Hora da leitura-livros,revistas e jornais a escolha.
·        Atividades de escrita espontânea-listas,relatórios,autoditado;
·        Atividades para distinção de letras e numerais;
·        Manipulação intensa com o alfabeto móvel;
·        Desenho livre,pintura,modelagem,recorte,dobradura;
·        Classificação de palavras ou nomes que se parecem;
·        Memorização de como se escreve algumas palavras;
·        Relatório oral de experiências;
·        Produção de texto oral;
·        Estudo e interpretação de gravuras;
·        Análise e síntese de palavras;
·        Interpretação oral de textos;
·        Reconto e reescrita de histórias;
·        Escritas espontâneas;

JOGOS DIVERSOS:
·        Bingo de letras,de iniciais de nomes,e outros.
·        Dominós associando nomes e iniciais,desenhos,letras;
·        Baralho de nomes,figuras;
·        Quebra –cabeças variados com gravuras,nomes e letras;
-JOGOS COM CARTÕES:
·        Parear cartões com nomes iguais;
·        Parear cartões com desenhos;
·        Parear cartões com letras.
-JOGOS COM O ALFABETO MÓVEL:
·        Cobrir fichas ou crachás;
·        Separar e agrupar letras iguais.
-ÁLBUNS:
·        De rótulos e embalagens;
·        De nomes, retratos ou auto-retrato;
·        Da história da vida do aluno.
-JOGOS E BRINCADEIRAS ORAIS:
·        Com rimas;
·        Adivinhações;
·        Telefone sem fio;
·        Recado oral;
·        Jornal falado.

NÍVEL SILÁBICO:
·        Atividades que envolvam frases e textos para facilitar a vinculação discurso oral e texto escrito.
·        Elaboração de textos coletivos.
·        Reconto e reescritas de histórias.
·        Leitura de poesias, músicas, parlendas e outros textos significativos e previamente memorizados.
·        Trabalho simultâneo e inter-relacionado com letras,palavras e textos:
·        Análise sonora sobre as iniciais dos nomes próprios e palavras significativas.
·        Completar lacunas em textos e palavras;
·        Listas,escritas espontâneas diversas;
·        Atividades para trabalhar com rimas,sons iniciais,finais e medianos das palavras;
·        Ditados variados.
·        Colocar letras em ordem alfabética.
·        Cortar o número de palavras de cada frase.

-NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO:
·        Jogos e atividades variadas com o alfabeto móvel e sílabas móveis;
·        Caça-palavras;
·        Cruzadinhas;
·        Leitura e interpretação oral de diferentes textos,poesias,músicas,parlendas,textos diversos,etc...
·        Produção de textos coletivos;
·        Relatório oral e escrito de experiências vivenciadas.
·        Escrita de cartas,bilhetes,listas,anúncios e propagandas.
·        Análise e síntese de palavras significativas;
·        Classificação e seriação de palavras;
·        Transcrição de receitas,brincadeiras,piadas;
·        Reestruturação de frases de poesias,parlendas ou músicas que os alunos já sabem de cor;
·        Trabalhos manuais recortes,dobraduras,pinturas,encaixes propiciam aos alunos novas formas de expressão e o uso,em sua linguagem,de novas palavras.


-NÍVEL ALFABÉTICO:
·        A prática de produção de texto é uma atividade essencial ao longo de todo o processo de alfabetização.
·        Produção de texto individual e coletiva;
·        Produção de texto a partir do desenho do aluno,a partir de gravuras em seqüência;
·        Escrita de textos a partir de outros já conhecidos pelos alunos;
·        Atividades a partir de um texto:
·         Leituras globais ou parciais;
·   reconhecimento de palavras,frases ou letras no texto;
·   análise de palavras do texto quanto ao número de sílabas e de letras,quanto a letra inicial ou final,etc...
·  ditado de palavras e frases relativas ao texto trabalhado;
·  remontagem do texto com fichas de frases ou palavras;
·  produção de um desenho para ilustrar o texto;
·  marcar, no texto mimeografado, nomes próprios e comuns, rimas, palavras no singular e no plural;
·  separar frases em palavras;
·  construir frases com palavras do texto;
·  completar lacunas de frases e palavras;
·  registrar a frente das frases, o número de palavras que a compõem;
·  produções de histórias em quadrinhos.
·  Análise de palavras numa frase ou texto;
·  Leitura de diferentes textos: livros, revistas, cartas, bilhetes, convites, propagandas, anúncios, músicas, poesias, parlendas, adivinhações, trava-línguas, etc...

SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA O PROJETO DE ALFABETIZAÇÃO DO 3° BIMESTRE

GÊNEROS TEXTUAIS

sábado, 26 de maio de 2012

ATIVIDADES DE MATEMÁTICA


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Jogo das Cartas – Multiplicação
Finalidade: Treinar a multiplicação através do jogo de cartas
Material: 1/4 de cartolina ou o material que se deseja trabalhar, canetinhas ou impresso (Professor ou os próprios alunos poderão confeccionar cartas de 1 a 10 duas vezes)
Número de jogadores: 2 jogadores para cada 2 jogos de cartas de 1 a 10
REGRAS DO JOGO:
Dividir a turma em duplas.
Para cada dupla entregar dois jogos de cartas de 1 a 10;
Cada dupla deve embaralhar as cartas.
Cada jogador deverá pegar uma carta ao mesmo tempo, o número que der na carta do jogador nº 1 deve-se multiplicar pela carta do jogador nº2.
Exemplo: jogador nº 1 tirou a carta número 6 e o jogador nº 2 tirou a carta 7    (7 x 6=42), quem falar 42 primeiro ganha ponto.
Outra estratégia:
Pode-se dividir a sala em dois grupos grandes, e escolher um representante de cada grupo a cada rodada, quem responder corretamente ganha ponto para o grupo, e assim por diante.


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Bingo das palavras
Finalidade: Reconhecer os sons e a ortografia das palavras.
Material: Uma cartela com imagens e a escrita dos objetos para cada jogador.
Número de participantes: De 10 a 15 crianças.
REGRAS DO JOGO:
Distribuir as cartelas para a turma, e a partir do sorteio das palavras cada pessoa deverá procurá-la na sua cartela e marcar ou não.
O vencedor será aquele que conseguir completar sua cartela primeiro.



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Finalidade: ajudar a criança a associar o numeral à quantidade, a realizar cálculos mentais e a perceber que operações deferentes podem levar a um mesmo resultado.
Materiais: Placas de papel cartão com as operações (adição e subtração) e 45 cartões menores com números de 0 a 18.
REGRAS DO JOGO:
Distribuir as cartelas maiores entre as crianças;
Arrumar os cartões menores no centro da mesa com a face para baixo;
Um jogador escolhe um dos cartões menores e lê em voz alta;
Os outros participantes devem procurar em sua cartela a operação que corresponde aquele resultado; O primeiro que encontrar, marca um ponto, colocando o cartão menor sobre a operação;
Vence aquele que completar a cartela maior primeiro.

10 SUGESTÕES PARA SE TRABALHAR COM TEXTOS

1.Texto em tiras

a) Selecione um texto curto e escreva-o em tiras de papel pardo -aquele bem barato que se compra em metros. Cada frase ou parte do texto deverá estar escrito em uma tira.

b) Divida a turma em grupos.

c) Distribua uma ou mais tiras para cada elemento do grupo -de forma desordenada- e peça para que o grupo o reconstrua no chão, de preferência no corredor ou pátio da escola. Essa atividade é sócio-interativa e promove a participação de todos na reorganização do texto. Também é uma forma de tirá-los das cadeiras e mudar o ambiente de aprendizagem.

2. Horóscopo
Quem não gosta de dar uma espiadinha no seu horóscopo de vez em quando, que atire a primeira pedra.

a) Selecione do jornal os horóscopos de todos os signos. Pode ser um da semana passada, ninguém vai perceber.

b) Pegue o corretivo e, aleatoriamente, dê umas pinceladas nele. Cuide para que haja um apagamento em cada signo.

c) Tire o xerox e dê para cada dupla recompor os textos que foram apagados. Poderá, antes, fazer um aquecimento, perguntando quem acredita em horóscopo, quando costuma lê-lo, se alguma vez já deu certo a previsão feita pelo horoscopista...

3. Anedotas
Selecione algumas piadas de salão e, em duas colunas, divida as piadas ao meio: o início da piada na primeira coluna e na outra - de forma desencontrada- o final das piadas. Os alunos deverão ler e combinar os textos humorísticos.

Sugestão: Convide os alunos a formarem duplas e encenarem as piadas para a turma.

4. Tiras em Quadrinhos

a)Recorte algumas tiras de histórias em quadrinhos.

b) Cole-as em uma folha com as partes desencontradas.

c) Os alunos deverão lê-las e reorganizá-las de forma apropriada.

5. Outra com tiras

a) Recorte novas tiras de histórias em quadrinhos e cole em uma folha, porém na ordem certa.

b) Com o corretivo, apague as falas.

c) Peça que os alunos completem da melhor maneira possível de forma que a história tenha coerência. Esse trabalho poderá ser feito em duplas.

6. Ache a foto da notícia
a) Recorte várias notícias com fotos do jornal. Elimine as legendas.

b) Separe as fotos das notícias.

c) Desafie o grupo a encontrar o par (notícia + foto).

7. A Notícia Completa

a) Recorte várias notícias de jornal que tenham as quatro partes fundamentais: título/manchete, lead, corpo, e foto com legenda.

b)Desmembre as notícias, recortando as partes de cada uma.

c) Embaralhe tudinho e peça ao grupo para reorganizá-las novamente.

8.Texto Quebra-cabeças
a) Recorte alguns textos (tantos quantos forem os grupos com os quais você irá trabalhar). Os textos poderão ser coloridos para motivá-los.

b)Faça marcações de forma desorganizada nos textos (tal qual nos quebra-cabeças) e recorte-os.

c) Ofereça-os aos grupos para que os montem novamente. Você poderá ter em mãos algumas perguntas de interpretação para que o grupo responda, dando conta do entendimento da leitura que fizeram. Também poderá ser feita em forma de gincana: o grupo que primeiro responder corretamente a todas as perguntas será o vencedor.

9. Charges
Ler charges de jornal é uma forma divertida de se manter atualizado.

a)Recorte as charges que encontrar pelos jornais.

b) Distribua-as para os grupos e peça para fazerem a leitura do momento, discutindo o acontecimento que está sendo abordado, além de tentar identificar as pessoas que estão sendo focalizadas.

c) Troque com os outros grupos de forma que todos possam fazer as várias leituras.

d) Compare as diferenças que forem surgindo.

10.Lendo figuras

a) Selecione figuras - pode ser de jornal também- que apresentem uma situação passível de se criar um enredo. Explique que uma boa história deve, necessariamente, ter um conflito, senão não é uma história.

b) Peça para que cada um faça a sua leitura do texto extra-verbal silenciosamente.

c) Solicite que, nesse segundo momento, contem para o colega do lado que leitura fizeram e como resolveram o conflito que imaginaram para aquela figura . É importante que cada um fale; não ligue se gerar tumulto na aula, já que isso "faz parte", como diria o Ban Ban

sábado, 12 de maio de 2012

PROJETOS PEDAGÓGICOS NA ALFABETIZAÇÃO

Como trabalhar com projetos didáticos na alfabetização

Para ensinar a ler e escrever, é preciso elaborar projetos didáticos que realmente estimulem os alunos a refletir sobre a escrita e a leitura

Beatriz Santomauro, de Itápolis, S
Foto: Marcos Rosa
PENSAR E FAZER As crianças da EE Professor João Caetano da Rocha testam hipóteses de escrita. Fotos: Marcos Rosa

Produtos finais belíssimos necessariamente não sinalizam projetos escolares bem-sucedidos. Mais do que ficar contentes e orgulhosas do que fizeram, as crianças têm de alcançar os objetivos traçados pelo educador. Ele, por sua vez, tem de saber defini-los com clareza, priorizando a aprendizagem de todos e não só uma boa apresentação para a família e a comunidade. 

Nas turmas de alfabetização, uma das prioridades é ensinar a ler e escrever convencionalmente e de modo relacionado às práticas sociais, certo? Então, o foco principal de qualquer projeto precisa ser, obrigatoriamente, a análise e a reflexão sobre o sistema de escrita e a aquisição da linguagem usada para escrever. Aliás, trabalhar seguindo os parâmetros dessa modalidade organizativa contribui e muito para que a turma avance. Isso porque, ao definir um tema, o professor assegura o contato dos alunos com determinado grupo de palavras por um tempo. Isso permite criar a familiaridade com os termos e explorá-los bastante com o objetivo de construir novos saberes. Quanto maior a proximidade do estudante com o campo semântico trabalhado e a quantidade de informações adquiridas no contato com outras palavras, mais claras serão as chances de ele analisar as palavras e antecipar o que está escrito. No caso de um projeto sobre princesas, por exemplo, há a certeza de que vocábulos desse universo - como princesa, bruxa e castelo - serão recorrentes, assim como o gênero que costuma ser usado para apresentá-lo: o conto. Além do mais, articular propostas de leitura e escrita em um projeto cria muitas oportunidades para o grupo se vincular de maneira pessoal e compartilhada com fontes informativas .

O tema do projeto elaborado por Milca dos Santos, educadora da EE Professor João Caetano da Rocha, em Itápolis, a 365 quilômetros de São Paulo, foram receitas tradicionais de Festas Juninas. A atenção dela não estava focada em finalizar o livro com ingredientes e instruções para preparar quitutes de época. O objetivo era fazer com que os alunos do 2º ano aprendessem muito durante o percurso, avançando cada vez mais em direção à escrita alfabética , tomando como apoio e referência as palavras próprias daquele assunto e a organização do gênero receita. Essa clareza lhe rendeu o título de Educador Nota 10 do Prêmio Victor Civita em 2009. "Milca soube organizar uma rotina que contemplasse o projeto sem deixar que as etapas de leitura e produção de texto passassem longe das situações de reflexão do sistema de escrita", explica Débora Rana, selecionadora do prêmio e formadora do Instituto Avisa Lá, na capital paulista.

O projeto tem de estar a serviço das situações didáticas
Foto: Marcos Rosa
LEITURA SELECIONADA O contato diário com gêneros variados amplia o repertório literário das crianças
Foto: Marcos Rosa
ETAPA POR ETAPA Produções com temas já conhecidos também exigem planejamento, revisão e reescrita
Como se sabe, só se aprende a ler e escrever lendo e escrevendo, vendo outras pessoas lerem e escreverem, fazendo tentativas e recebendo ajuda, sempre guiado pela busca do significado ou pela necessidade de produzir algo que tenha sentido. Contemplar o produto final, contextualizando o ensino, é o mais comum em sala de aula ao desenvolver um projeto. Porém essa preocupação só faz sentido se o tema for usado para impulsionar as quatro situações didáticas específicas que proporcionam a análise e a reflexão sobre o sistema de escrita e a aquisição da linguagem usada para escrever. São elas: a leitura pelo professor, a leitura pelo aluno, a escrita pelo aluno e a produção de texto tendo o educador como escriba. Para refletir sobre a escrita, a criança precisa ser desafiada a tomar várias decisões: quais letras usar? Quantas? Em que ordem? Propor que os estudantes escrevam textos conhecidos de memória e leiam o material em voz alta permite ao professor notar como eles relacionam o que dizem com o que escrevem. "Quando apontam as letras que resolveram usar para representar determinados sons, eles revelam os conflitos que têm e o que já dominam", explica Débora. A leitura de textos memorizados ou de assuntos próximos da criança também faz com que ela identifique com mais facilidade o que está registrado e reflita.

Explorar a linguagem usada para escrever pressupõe analisar a língua dentro de sua função comunicativa. Trabalhos em que o professor faz o papel de escriba (as crianças ditam e ele escreve no quadro) favorecem o desenvolvimento de noções sobre o procedimento usado por escritores experientes: planejar, pensar no destinatário e revisar até que seja alcançada a versão final. 

Os estudantes também pensam sobre a linguagem própria da escrita quando têm a oportunidade de ler materiais de gêneros diferentes e notam suas características, reconhecendo as expressões usadas para começar e terminar um conto de fadas ou sabendo que nos jornais vão encontrar textos diferentes dos livros, que são as notícias e os artigos.
De olho em todos e em cada um
Foto: Marcos Rosa
ROTINA ORGANIZADA Milca articulou um projeto didático a outras propostas de leitura e escrita
Milca dos Santos é professora da turma de 2º ano na EE Professor João Caetano da Rocha, em Itápolis. Ela leciona há 18 anos, desde que concluiu o Magistério. Anos depois, se graduou no Normal Superior e segue até hoje fazendo cursos de formação continuada. "A cada dia, tenho mais certeza de que sempre aprendo mais porque vejo como todos os estudantes, sem exceção, apresentam avanços mês a mês", comenta orgulhosa. 

Objetivo 
Organizar uma rotina de trabalho para que todos os alunos conquistassem, cada um no seu ritmo, avanços expressivos na aquisição das habilidades leitora e escritora: esse foi o desafio que Milca impôs a si mesma quando decidiu desenvolver o projeto didático sobre receitas de festas juninas. Com a maior parte dos estudantes ainda não alfabetizada plenamente e muitos deles filhos de pais analfabetos, ela montou maletas com livros, jornais, revistas e gibis para as crianças levarem para casa e tomarem apreço pelo material escrito. "Como elas entrariam em contato com o mundo dos textos e se interessariam por ele se não o conhecessem?", questiona. 

Passo a passo 
Para organizar as etapas do projeto e as demais atividades da rotina de alfabetização, no início do ano letivo Milca fez um ditado para diagnosticar o que cada criança já sabia sobre leitura e escrita. Ao analisar os registros um a um, concluiu que era importante reservar momentos diários para ler para os alunos e intervalos semanais para ser a escriba de textos ditados por eles e para propor atividades em que pudessem ler e escrever em duplas ou individualmente. Com base nesse esquema de tempo, ela determinou quando e quais atividades do projeto deveriam ocorrer.

Avaliação 
Durante todo o processo, Milca acompanhou os avanços e as dificuldades de todos em uma série de situações avaliativas. A cada um ou dois meses, fazia novos diagnósticos e sempre propunha que os estudantes lessem e analisassem o que compreendiam em textos diversos. No momento em que era a escriba, observava as contribuições que as crianças traziam e as competências que demonstravam. "Anotava tudo o que ocorria nas aulas e fazia o histórico dos trabalhos das crianças. Assim, percebia os avanços e as necessidades, ajudando principalmente os que mais precisavam", diz a educadora. Ela também fotografou atividades para acompanhar o desempenho de todos.

Articular as atividades para ensinar melhor
Foto: Marcos Rosa
FAMILIARIDADE Sabendo que no quadro está escrita uma receita, é possível antecipar a leitura
O tempo - como descreve a educadora argentina Delia Lerner no livro Ler e Escrever na Escola: O Real, o Possível e o Imaginário - é um fator de peso na Educação: é escasso em relação à quantidade de conteúdos fixados no programa e parece nunca ser suficiente para comunicar às crianças tudo o que é importante. 

Por isso, trabalhar com turmas de alfabetização requer uma atenção especial para que os objetivos do projeto sejam cumpridos com clareza (o que significa fazer as crianças avançarem na escrita e na leitura, independentemente do produto final). É necessário ainda que a rotina seja organizada com clareza e variedade para fazer das aulas momentos muitos produtivos. Sim, os projetos não se bastam, embora contemplem dois eixos tão importantes, como a aquisição do sistema de escrita e a ref lexão sobre a língua. É fundamental, então, também organizar momentos de leitura e escrita diários (as chamadas atividades permanentes) e boas sequências didáticas (propostas de trabalho com ordem crescente de dificuldade). "Quando planejadas e trabalhadas de modo coordenado, as três modalidades organizativas proporcionam desafios diferentes, porém complementares", defende Débora. E mais: elas tornam possível a retomada dos conteúdos em diferentes oportunidades e com bases em perspectivas diversas.
RETIRADO DO SITE: Nova Escola